Um dia destes no silencio da tarde,
Quando a noite vai acabando o dia lentamente
O tanger de um pinho saudoso,
Ouvi romper o silencio docemente
Trilhei pelo caminho estreito,
A procura de tão pungente melodia,
Atravessei a porteira solitária,
E avistei o vulto que disfarçadamente sofria.
Sentado em frente a porta,
Os cabelos esvoaçando com a brisa ,que soprava,
Sua mente se perdia nos versos,
Nos próprios versos que cantava.
Com que sentimento falava ,
De um amor que se acabou.
Dos carinhos tão vividos,
E da saudades que deixou.
Lágrimas que enxugava com as mãos,
Recostou a cabeça no umbral da porta.
E com ternura incontida,
Afagou com ternura a cabeça de seu cão.
E o silencio novamente se fez .
Desta vez eu e a natureza observou,
Abraçado ao seu pinho, olhou para o céu
E cabisbaixo a porta fechou.
O cri-cri dos grilos na mata ao lado,
E a noite já feita me pediram pra voltar.
Carreguei dentro de mim,
O desejo imenso de ficar.
Escrita e criada por Nair Bianchini
Dia===23=05=1982====postada em 12=08=2014
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