sábado, 17 de outubro de 2009

Minha Vida


A tristeza que vêem em meu rosto
É bem maior o que tenho no coração
Se suspiro falta-me o ar...
Se caminho falta-me o chão.

É tanto a magoa que sinto
Que vivo sem querer viver
Viver da forma em que vivo...
É a magoa que me faz morrer.

A falta de afeto que me fere tanto
E essa angustia que me faz sofrer
Dentro da vida ela faz seu jogo...
Que luto pra me livrar...mas me falta poder.

Por isso vivo, como vivo
Minha tristeza não posso disfarçar
Luto com a vida tal como ela é...
Caminhando não sei pra onde...mas imagino onde vou chegar.

31/08/2009 as 23:30 h
Nair Bianchini

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Não te esqueci


Seis meses sentindo a tua falta
Seis meses sem ouvir a tua voz ou te ver sorrir
Seis meses convivendo com a saudades
Saudades tristes que nos vem ferir

Há seis meses que tu dormes em silêncio
As flores que te cobriram já secaram
Acho que muitos talvez já te esqueceram
Mas não aqueles que por ti choraram

Me refugio na esperança e te espero
Pois ainda para mim tu te chamas "saudades "
Nas noites de solidão tu me faz companhia
É nessas horas que meu peito tu invades

Ainda me fazes chorar...
Nem eu sabia menina, que te amava tanto !
Nas noites sozinha me lembro do teu rosto
É em meu travesseiro que enxugo o meu pranto.

O tempo passa, o tempo voa
E a saudades fica...
Tua tia que sempre te amará.

01/09/2009 _ 23:30 H
Nair Bianchini

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hoje me chamo saudades


O tempo passou... Será que te esqueceram?
Mas eu os farei lembrar-te nos versos que faço
Me lembro do ultimo beijo que te dei
As dezessete horas e trinta, no dia dois de Março.

Os que estavam ali mostrando emoções
Cada um a seu modo mostrando sentimento
Mesmo quando afagavam seu rosto, suas mãos,
Respeitavam seu silêncio.

Mesmo perguntando o porque, como, onde
Porque tudo se acabou ?
Só você poderia dar a resposta...
Mas infelizmente sua voz se calou.

Repeti varias vezes seu nome baixinho
Porque sabia que não ias me escutar
E te acompanhei já sentindo saudades
Até onde por um tempo irias morar.

Procuro resposta na saudade que sinto,
Na dor que guardo calada, sem ter jeito...
Só me responderas na tua volta...
E o abraço que quero te dar deixo guardado
Junto com a saudade soluçando silenciosa
Dentro do meu peito.

Nair Bianchini 13/06/09 às 14:30 h.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Como te esquecer ?


Relendo tudo que escrevi a teu respeito
Lágrimas rolam pelo meu rosto com saudades
Não. Você não teve culpa,
A culpa de tudo foi a fatalidade.

Recordo teu corpo coberto de flores
Teu semblante tão calmo...sereno
Teu sono profundo me emociona
Mesmo sabendo que um dia nos veremos.

Ainda não sabes a dor da separação
Nem sabes quanto tempo vai passar
No lugar onde dormes tudo é silêncio
Até o dia de você voltar.

O que me conforta é saber que já não sofres,
Nem sonhas...parou os teus sentimentos
Mas o que machuca meu peito é saber
Que tua juventude passou tão depressa como passa o vento
Você parou de viver tão jovem, enquanto eu...
Continuo a sofrer envelhecendo.

Nair Bianchini - 09/05/2009

Hoje, quem és ?


Coração sangrando,olhos marejados...
Me lembro de alguém que um dia chutava meu ventre
Amamentei, dei carinho, amor...
Ensinei a adorar um "Deus Vivente ".

Sangra coração; lágrimas, podem rolar
Ele não sabe, hoje se encontra ausente,
Se ausentou da minha vida
E do próprio " Deus Vivente ".

Coração sangrando, lágrimas que correm
Acaricio meu ventre, que um dia te abriguei
Mas cresceste, a vida passou, e apagaste da tua mente
Todo amor que eu te dei.

Mas minha dor aumenta a cada dia
A tua infância não vai mais voltar
Disfarço a tristeza quando estás presente
E me refugio no quarto para poder chorar.

Chora coração, deixe as lágrimas sair
Por aquele que um dia se ausentou
Pense que foi um mau sonho, já não existe
E que o vento o levou.

Que pena que o elo que uniu mãe e filho
Um dia se quebrou...
Hoje pergunto...Quem és ? Porque para você...
Não sabes e nem lembras quem sou...


Nair Bianchini 09/05/2009 - 9.20 hrs.

domingo, 12 de abril de 2009

Perdi Você


Me agarro na vida para ter vida
E nas lembranças para ser feliz
Esmorecendo, me perdendo espero
Ouvir aquelas frases que você não diz.

Se luto com a vida para poder ter vida
Se me agarro nas lembranças para ser feliz,
É porque só tenho comigo a saudade amarga
Que trouxe consigo o que bem quis.

Dos dias felizes que passamos juntos
Pra minha tristeza, é a distancia que persiste agora
Que fez com que sumisse no tempo aqueles dias lindos
Deixando a dor que em meu peito chora.

Só uma frase insiste em permanecer comigo
Trazida pela chuva... ou sei lá o que,
Calando fundo neste peito tão sofrido
Trazendo a certeza... PERDI VOCÊ

Nair Bianchini.

sábado, 11 de abril de 2009

Transformação


Eu me fiz menina...para afagar seus cabelos...
Eu me fiz mulher...para receber seu amor...
Eu me fiz alegria...para acabar sua tristeza,
Eu me fiz esperança...para acabar sua dor,

Me fiz primavera quando ainda era inverno
Me fiz em brisa suave pra que não sentisse calor
Transformei-me de solo árido num jardim florido
E para dar mais beleza eu me fiz em flor.

Em pássaros cantantes eu me fiz um dia
Para entoar melodia e embalar seu sono;
Me fiz em objetos que você mais queria,
E me fiz em servo para que fosse o dono.

Me fiz brinquedo, para que fosse menino,
em lugar acolhedor, em riachos murmurantes,
em sorriso de crianças, em rima de versos,
em alva em ocaso, em abrigo para errantes.

Me fiz...regresso...para que não houvesse partida
Depois da tempestade eu me fiz bonança.
Até mesmo de coisas impossíveis,
cheguei a me transformar naquilo que se alcança.

Em quantas coisas me fiz por você!
Só não queria ser passado, que sua mente guardou.
E tanto fiz e desfiz, que agora que estou só...
Não consigo voltar a ser, nem mesmo aquilo que sou.


Nair Bianchini / 1970

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Saudades eternas


Ontem ou hoje, pois era madrugada
Chorei por muitos,... muitos que conheci
Chorei por meu filho que ainda vive
Mas chorei principalmente por ti...

Você sabia que a saudade doí ?
Destroça e enche nosso peito de emoção ?
Não sei porque me faz chorar tanto...
Parece que levaste contigo, pedaços do coração.

Também nem sei porque me lembro tanto de você
Talvez por ser tão menina, e já não estar mais entre nós...
Não consigo nem sequer esquecer teus traços...
teu rosto, nem o tom da tua voz.

Sei que na mesa de jantar, seu lugar está vazio...
Seu quarto... do mesmo jeito que deixou...
Deixaste sem querer, a dor pelos cantos da casa,
E o desejo de ouvir coisas que você não falou.

Veja ! Estou aqui... encolhidinha no canto do teu quarto...
Acariciando tudo aquilo que era teu,
E sentindo em suas roupas o perfume que ficou...
Choro de saudades, porém sem lágrimas,
porque já não as tenho... secou...secou...


Nair Bianchini /04/ 2009