quarta-feira, 30 de julho de 2014

Só te olhar...

Já faz tanto tempo...
Ou foi ontem?..Ou agora?
Porque seu semblante permanece em minha mente.
E do meu peito...Saem gemidos saudosos,
Tão tristes e sem jeito.
 Quando comecei a procurar entre rostos
O seu rosto,entre gestos ,os seus gestos.
Aquele seu trejeito....Ah ..quanta saudades senti. 
Mas os anos se foram, o tempo passou
Cresci..

Agora mulher feita ,continuo a te procurar
Para que?Não sei...Talvez ...para te amar
Sei lá... te esquecer.Arrancar daqui do peito.
Aquele seu olhar tão magoado,cansado.

Ou enxugar da tua face lágrimas que.
Já secaram com o passar dos anos
Mas que caíram tão profundamente
Em meu coração que fez brotar nele
Carinho e ternura por você.

Só por você,meu menino crescido,
Meu primeiro amor querido.
Parceiro da minha juventude.
Que apesar da distancia,de não sei onde escondido
Caminhou comigo no mesmo caminho,
Mesmo tendo me esquecido,
E nas linhas e entre linhas da vida,
A esperança de te encontrar
O que te direi ?...não sei...
Só quero matar a saudades,
Mesmo que for de longe, te olhar só te olhar

Escrito por Nair Bianchini
Dia 28=07=2014




quarta-feira, 23 de julho de 2014

ENGANOS

Se um dia te estendi ,meus braços,sorrindo
E lhe fiz confidencias de amor
Foi para afugentar da minha vida a tristeza
E expulsar do meu peito a dor.


Foi para apagar da minha memoria,
Todo o sofrimento vivido.
Lembranças amargas,da vida os fracassos,
Recuperar esperanças que eu havia perdido

Te esperei,ah como esperei...
Olhando nas ruas os rostos presentes.
Buscando teus traços, teu corpo, seus braços,
Que se encontravam tão longe ausente, 

Se te enlacei em meus braços em um abraço,
Se me atrevi dizer  frases de amor que não se diz,
Perdão!...Foi porque te amei intensamente no passado,
E queria só um instante ser feliz.


  

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sonhos



Uma noite.....um sonho...
De uma melodia distante....
E no canto saudoso dentro do sonho
Vagando na noite.....você.....

Uma noite ,você no meu sonho....
Entoava uma melodia distante....
Buscando você pelas sombras da noite,
Na noite, dos sonhos acordei.
A melodia distante parou.
E você não estava na noite vagando,
E do sonho na noite só resta saudades
Um resto de noite,sem sonhos,sem canto,sem nada
Sem nada no resto da  noite
Do sonho sentindo saudades......
Escrita por Nair Bianchini
18-10 -1970

MELANCOLIA


Como choveu aquela tarde
Estava triste...sombria......
Que fez penetrar em minha alma
Saudades.......melancolia.....

A chuva caia tão forte,
Granizos enchiam a imensidão do ar,
Era tão profunda, tão doida a saudades,
Que cheguei quase a gritar.

Desejei que o sol brilhasse
Como o dia que começa a raiar,
Mas que não demorasse ,pois as sombras da noite,
Já vinham vindo devagar  ,devagar.

Pensei no passado ,no presente,no futuro,
Para encher aquelas horas vazias,
Na esperança que o sol viesse ,e levasse
O que eu sentia.

Como foram longos os momentos
Em que vi que ,o sol surgia!
Sim...levou a saudades embora,
Mas deixou.......melancolia.


Escrita e vivida por Nair Bianchini
Em 13--12--1959..

domingo, 20 de julho de 2014

Caminhando

O dia que foge da noite que veio
Caminho maguada,caminho na estrada,
Arfando,cansada da longa jornada
Na noite que veiu

Caminho magoada...é longa a jornada
A noite já veiu
Se o dia me encontra buscando a noite
Se a noite me encontra o dia anseio

Mas mergulhei dentro dela buscando esperança
O negrume enlaçou-me com sua magia
As estrelas zombando de mim
Mergulhou no espaço da noite sem fim.

Apelei para a lua tão pálida e triste
Sem pena de mim seu brilho apagou
Caminho magoada,caminho na estrada.
Sem noite ,sem lua, o dia chegou

Andando sem rumo,cansada,calada.
O que busco da vida? Somente carinho.
Na noite, no dia , nas horas, no tempo...
Sozinha na estrada,é longa a jornada...
Caminho.......caminho....sozinha... caminho

Escrita e vivida por mim: Nair Bianchini

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Progresso

     Dei uma olhada na janela do passado

Uma saudade imensa invadiu meu coração
Quantos caminhos trilhados
Salpicados de orvalho pelo chão

A grama verde descendo morro abaixo
O mourão da porteira, já gasto pelo tempo,
O negrume da noite no  bambuzal cerrado
Nos fazia medo quando açoitado pelo vento

As brincadeiras de roda, no terreiro em frente a casa
O pega-pega, gringrinaia, roda pião,
As manhãs bem cedo, quando me levantava
E ficava me aquecendo em volta do fogão

Até o amor que explodia em meu peito
Se perdeu com o passar das horas,
O tempo passou uma borracha em tudo
Não resta mais nada pra mim recordar agora

 Os caminhos que trilhei, transformaram-se em asfalto
A grama verde com o tempo  se secou
Da porteira nem o mourão existe.....Progresso...
Ah progresso! Foi minha infância que você matou .     


Escrita e vivida por mim: Nair Bianchini
Dia 25 de junho 1982

Amores no olhar

Um dia no passado  ganhei um ramo de rosas

Me lembro bem pois minha mente guardou
Porque veio das mãos morenas
De alguém que um dia me amou

Amor secreto,guardado no coração
Amor sem palavras.Seu olhar me dizia a nos alhar
Enquanto eu disfarçava meu amor por ele, só nos dois
sabia .So não conseguia disfarçar as minhas mãos que tremiam

Não sei porque hoje lembrei -me pergunto o que fazes
Por onde andas ,ja faz tanto tempo tantos anos
Ficou no tempo perdido todo aquele amor marcado
Que só no olhar era sentido

A pouco tempo, não sei quanto tempo faz
Me perguntou se um dia te amei
A resposta estava nas rosas secas que um dia te mostrei
 Você me deu respondi, e por amor as guardei                                                                                          

Me olhou com aquele olhar de antes e me disse
Você sabe, você sabia
Sempre te chamei de meu amor
Mas você não entendia,

Mas o tempo voa e com ele nossos sonhos de ser feliz
Instantes magicos que só nos magoou .Não disse nada,mas ele sabia
Ja era tarde de mais para nós dois.
Ficou guardado em nosso olhar o tanto que eu o amei e ele me amou.

Escrita e vivida por mim: Nair Bianchini

No meu pensamento

     Eu gostaria de estar em teus braços em um abraço,encostar minha cabeça em teu peito de mansinho
Sentir a tua mão no gesto de afago
Deslizando em meus cabelos com carinho


E no calor do teu corpo exalar os meus suspiros 
E deixar a minha vida se esvair como uma flor 
E ao verem meu corpo inerte em teus braços
Saberão que eu morri feliz pois morri de amor.


Escrito por Nair Bianchini 
Dia18 de julho 2014.

 

Apenas uma foto bonita

     Boa tarde a todos!

domingo, 6 de julho de 2014

Memorias em poesia




Fui alguém ? Mas se tive infância ? Não sei ...
Só me lembro das brigas de minha mãe com meu pai que era alcolátra  e muitos irmãos para  ajudar a criar.
Digo que não tive infância,porque só me lembro do medo, trabalho, lágrimas...
Quando olho meu passado,tento me encontrar entre as tristezas, decepções, solidão...
Coisas que fez minha vida em retalhos... como folhas secas que o vento espalha.

Hoje já idosa... e com os mesmos sentimentos de outrora...
Chego a esboçar um sorriso com lágrimas nos olhos, quando ouço falar em felicidade, alegria, sentimentos que nunca conheci.
Procuro entre esses retalhos da vida, me encontrar, para saber realmente quem sou.

Já tentei tanto ! Mas cansei ... Não deu...
Tentem vocês por favor... se alguém conseguir, me avisem.
Gostaria muito de encerrar essa minha busca, sabendo quem sou, antes de dizer adeus.

As magoas eu  transformo em versos.



Por isso me intitulei...

Memórias em poesia.


sábado, 5 de julho de 2014

Abraços

Vê aquela pessoa andando pela estrada,passos lentos.solitária,
Sem ter com quem conversar?
Um dia ela já foi criança um dia  a ensinaram a andar.
Mas não disseram quando deveria parar.

Hoje, tão só  não tem uma mão amiga pra que possa se apoiar,
Hoje, andar  já tremulo ,de braços estendidos sem ter com quem abraçar. Mesmo com a mente quase perdida nunca deixa de amar.


Lágrimas no  rosto,mas ninguém vê.
Dores sentidas e ninguém percebeu
Porque todos se foram e a deixaram abandonada.
Porque? Envelheceu.

Hoje chora e clama a´seu DEUS .
Talvez nesta estrada comprida, Nesta sua vida sofrida
Abraços perdidos, não sabe o que dizer
Só espera que este abraço tanto esperado
Ela mesmo se de quando deixar de viver.



Por que sei ? Porque esta sou eu.

Nair Bianchini